Gestão Empresarial: Os 11 Melhores Livros Que Vão Te Ensinar a Empreender

Qualquer pessoa que deseja abrir seu próprio negócio e ser chefe de si próprio, deve ter pelo menos um conhecimento básico sobre gestão empresarial. Caso contrário, o destino do seu empreendimento é óbvio: a falência.

Alguns erros fatais mais comumente cometidos são: deficiência na gestão, falta de planejamento e o próprio comportamento empreendedor. Essas são três das maiores causas de fechamento de empresas no brasil.

A gestão empresarial não é uma área que abre muito espaço para intuição e impulsividade. Para obter sucesso é necessário que haja estudo. Você precisa estar por dentro das técnicas, termos e práticas para ter uma compreensão do mercado como um todo e do que precisa fazer para obter bons resultados.

E é aí que entram os livros sobre gestão empresarial. Eles são essenciais não só para quem deseja abrir um negócio, mas também para quem já trabalha no ramo e deseja evoluir.

Pensando nisso, nós do Café e Livros trouxemos hoje uma seleção dos 11 melhores livros sobre gestão empresarial, que vão desde clássicos até livros mais atuais, mas todos de alta qualidade, que com certeza vão te ajudar.

Speed Wealth – T. Harv Eker

Para quem tem o domínio da língua inglesa, temos essa opção de livro. Mas se você ainda não tem o domínio do inglês ou está começando a aprender, existem versões traduzidas disponíveis para ser lidas na Amazon.

O autor desse livro, T. Harv Eker, é autor de um outro livro sobre empreendedorismo chamado “Os segredos da mente milionária”.

Mas voltando para Speed Walth, seu nome completo é “Speed Walth: How to make a million in your own businesse in 3 years or less”, que em tradução significa “Riqueza Rápida: Como ganhar um milhão em seu próprio negócio em 3 anos ou menos”.

Ele é basicamente uma receita de bolo da riqueza para quem deseja enriquecer rápido. Ele praticamente quebra esse paradigma de quem nós precisamos levar várias e várias décadas até conseguirmos construir um negócio que nos fará enriquecer.

Nesse livro T. Harv Eker conta a história de como ele começou a empreender vendendo equipamentos de academia para pessoas comuns usarem em casa e como esse modelo inovador fez tanto sucesso na época, levando-o a abrir várias redes de lojas que seguiam esse modelo e posteriormente vendeu tudo por mais de 1 milhão de dólares.

Ele conta que conseguiu fazer isso apenas porque desde o começo ele criou um negócio sistematizável, que não dependesse somente e inteiramente dele, de forma que as sociedades que ele fizesse dentro do negócio pudesse ser delegada e replicada para vários pontos diferentes.

Com isso, ele dá um passo a passo do que deve ser feito para replicar isso.

O gestor eficaz – Peter F. Drucker

Esse livro é um clássico da gestão empresarial, e tem como objetivo mostrar a importância da eficiência para uma empresa e ensinar os cinco hábitos necessários para ser um gerente mais produtivo.

Peter F, Drucker é conhecido como o pai da gestão moderna e é responsável por fazer e acertar previsões de tendências marcantes, como a descentralização, a privatização e o desenvolvimento da sociedade da informação.

Por isso, esse livro é considerado essencial para qualquer executivo, desde os que estão começando agora até os que já se sentem claramente mais experientes e eficientes.

“O gestor eficaz” foi publicado em 1966 e explica o que os gerentes e patrões devem fazer e como podem conceituar o seu trabalho, além de dar dicas de como ter uma percepção produtiva sobre o que você faz.

O autor também fala quais são os 5 hábitos de eficiência e gestão:

• Conhecer o seu tempo: marcando o tempo, gerenciando o tempo e consolidando o tempo
• Contribuir: focando menos no esforço individual e mais nos resultados que traz para a empresa
• Tornar a força produtiva: se aproveitando dos pontos fortes
• Uma coisa de cada vez: não realize várias tarefas ao mesmo tempo
• Tomada de decisões: saber determinar quando uma situação é típica e quando é diferente de alguma forma

Ele coloca como responsabilidades de um bom executivo, priorizar, planejar, ser responsável, comunicar, procurar por oportunidades e contribuir para a sua empresa.

Drucker diz que o indivíduo não é capaz de gerenciar um negócio ou uma empresa, se não for capaz de gerenciar corretamente a sua própria vida pessoal.

Nada Easy – Tallis Gomes

Esse livro serve perfeitamente como guia para empreendedores iniciantes. Isso porque ele torna lúcidos, conceitos que para a maior parte das pessoas, seriam totalmente fora da sua realidade.

Ele consegue organizar tudo isso e trazer de forma extremamente didática e muito fácil de entender.

Com isso ele vai dando vários exemplos reais de coisas que aconteceram em sua vida, de como teve que superar a perda dos pais, morando com seus avós. Sempre trazendo ensinamentos de empreendedorismo ao longo dessa narrativa.

Tallis Gomes também nos dá passo a passo de como fazer um MV, desde o momento em que temos a vontade de empreender, até ter uma ideia do que vai fazer, como validar essa ideia no mercado e até por fim criar um negócio em volta dessa ideia.

O livro, além de várias dicas, mostra também a importância de sabermos lidar com nosso cliente.

Ele faz isso através de um conceito chamado NPS (net promoter score), que se baseia em dividir os clientes entre promotores (falam bem do seu negócio) e detratores (falam mal do seu negócio).

Pegue a quantidade de promotores, diminua a quantidade de detratores e o resultado será o quão bom é o seu negócio perante os seus clientes.

Smart Money – João Kepler

O livro Smat Money é uma leitura voltada especificamente para pessoas que empreendem ou pretendem empreender com startups. Ele traz alguns conceitos extremamente engrandecedores para pessoas que estão querendo entrar nesse universo das startups.

Um deles é de que é sempre o empreendedor que deve escolher o investidor, e não o contrário. Porque o empreendedor deve ter senso crítico para saber quais investidores vão ter os recursos, o dinheiro, o networking e o know-how para poder agregar ao negócio de forma inteligente e não simplesmente jogar dinheiro.

Por isso o nome “Smart Money”. Sua tradução para o português significa “dinheiro inteligente”.

Ou seja, a quantidade de dinheiro investida vai vir junto com toda a estrutura de conhecimento e recursos que o empreendedor ganhar quando recebe o investimento.

No livro, João Kepler também fala sobre como levantar dinheiro, como encontrar seus investidores, como abordar esses investidores e como redigir um e-mail e como fazer um pitch de negócio para poder vender a sua ideia.

Ele quebra diversos paradigmas, como por exemplo o que diz que devemos guardar nossas ideias para nós. Ele diz que essa postura queima o filme do empreendedor em vez de fazer com que ele obtenha sucesso na ideia.

Além disso, ele fala sobre uma área mais metrificada do empreendedorismo, como CAC (custo de aquisição de clientes), LTV (life time value) e burn rate.

 Mostra também as diferenças entre diferentes tipos de investimentos como seed capital, private equity e venture capital, que ele julga como informações que todos os empreendedores devem saber quando querem de fato buscar empreendimento.

Vai lá e faz – Tiago Mattos

Esse livro serve tanto para empreendedores jovens, que estão começando agora o seu ingresso no mundo dos negócios, querendo empreender, mas sem saber ainda muito bem como fazer isso, quanto para velhos empreendedores que abriram e quebraram ou que já tem um negócio de sucesso.

Isso porque ele aborda questões extremamente atemporais, analisando modelos de negócios tradicionais que são moldados absolutamente no sistema verticalizado em um sentido hierárquico, onde tem figuras centralizadoras do poder e as que devem obedecer a elas.

E mostra como em um futuro não muito distante, ao longo dos anos o que provavelmente acontecerá é que os negócios se tornarão cada vez mais horizontais, ou seja, os títulos vão importar cada vez menos, e as pessoas vão ser cada vez mais valorizadas pelas suas habilidades e utilidades.

Ele faz diversos paralelos interessantes, mostrando como o nosso ensino tem um atraso e discrepância com base nas reais demandas da nossa sociedade atual, pois fomos inseridos no modelo escolar industrial de séculos atrás que busca atender uma demanda de mercado de 150 anos atrás.

Mas além de refletir sobre essas questões sociais e empreendedoras do passado e do presente, e fazer uma previsão muito concreta e real de como será no futuro, ele também dá um passo a passo do que precisamos fazer para empreender:

• Dede o momento inicial da vontade de empreender
• Até o momento da ideia
• Depois da ideia vem o protótipo daquilo que desejamos realizar
• Em seguida vem o projeto
• Depois o negócio
• E por fim, a empresa.

A linguagem é jovem e informal, o que facilita a leitura para todos.

Empresas feitas para vencer – Jim Collins

Esse livro é inigualavelmente engrandecedor, do ponto de vista estratégico. Isso porque o Jim Collins usa um artifício que muitos autores costumam deixar passar, que são os dados.

Ele usa dados de pesquisa, utilizando metodologia científica, que ele próprio, juntamente com seu time, implementou para ver se as hipóteses que eles tinham formado realmente teriam resultados na prática e dá novas conclusões com base nesses resultados.

Isso é importante, pois muitos autores simplesmente pegam ideias formadas em suas mentes, independente de terem sido validadas ou não, escrevem e lançam.

Jim Collins tem o cuidado de fazer com que os dados e as conclusões que ele apresenta ao leitor sigam uma linha de raciocínio totalmente sólida e com todas as pontas amarradas.

Então qual é a ideia central do livro?

O autor Jim Collins pega um espaço amostral de centenas de empresas da bolsa de valores da América do Norte e passa essas empresas em uma espécie de peneira que estabelece alguns critérios.

Dessas empresas, todas as que tiveram um ganho acima da média em um espaço de 15 anos no mercado são usadas por ele como empresas de comparação.

Com isso ele traça paralelos entre essas empresas e analisa características incomuns.

E ele percebe que dessas características, uma das mais recorrentes, a que aparece em todas as empresas durante esse período de crescimento alto em que essas empresas se tornaram tão boas, é a liderança.

Ele estabelece a diferença entre os líderes de nível 1, 2, 3, 4 e finalmente os líderes de nível 5.

O autor diz que a principal característica desses líderes é a humildade e o raciocínio de saber, mesmo quando difícil, amputar membros danosos do seu negócio quando essa parte não está trazendo bons resultados, pois sabe que isso irá gerar recursos positivos.

E esses recursos poderão ser investidos em frentes totalmente diferentes que trarão benefícios para o seu negócio a curto, médio ou longo prazo.

Além de humildes e inteiramente racionais, esses líderes também se envolvem junto aos funcionários em vez de apenas ficar do alto dando ordens.

Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes – Stephe Covey

Essa obra do autor Stephe Covey detalha os 7 hábitos que ele julga serem hábitos de pessoas eficazes.

Ele explica a diferença de uma pessoa reativa, que é aquela que perde tempo reclamando de algo sobre o qual não tem controle, e uma pessoa proativa, que é aquela pessoa que ficam nas coisas sobre as quais elas têm controle e podem mudar.

Covey nos orienta a como focar nas coisas sobre as quais nós temos controle.

Os sete hábitos são:

• Ser proativo: Ele faz uma reflexão sobre como você se sentiria se estivesse presente no seu próprio funeral. As coisas que você fez ao longo da vida deram resultado e fizeram tudo valer a pena?
• Começar com um objetivo em mente: No segundo hábito, ele nos faz pensar sobre quais são as coisas mais importantes para nós. Partindo disso, ele nos faz refletir sobre o que dizemos e o que fazemos, e nos orienta a priorizar o que realmente importa.
• Primeiro o mais importante: Aqui ele nos orienta a deixar de lado a mentalidade de que para uma pessoa ganhar a outra precisa perder. Nos mostra os danos que esse pensamento pode causar, visto que dessa forma os dois irão perder. Deve se pensar em ganhar juntos.
• Pensar “ganha – ganha”: Nesse conceito, o indivíduo deve se colocar no lugar do outro. É diferente quando damos um conselho a partir de um ponto de vista formado apenas por experiências próprias e quando nos enxergamos no lugar da segunda ou terceira pessoa.
• Procure primeiro compreender para depois ser compreendido: Nessa parte, o livro nos mostra como a união faz a força. Três pessoas ou mais trabalhando juntas conseguem obter resultados muito maiores do que a penas uma.
• Crie sinergia: É preciso parar um pouco para cuidar de si próprio e adquirir mais conhecimento. Nós temos o péssimo hábito de perder um tempo precioso que poderia ser gasto com algo que nos traz benefícios. A questão não é trabalhar mais e sim trabalhar melhor.
• Afine o instrumento!

Alegria de trabalhar – Bruce Daisley

Bruce Daisley é o CEO do Twitter na Europa, e nesse livro ele procura mostrar o quanto é importante que tenhamos um ambiente de trabalho que fomente a criatividade e principalmente a felicidade dos funcionários.

E ele faz isso mostrando comparações de modelos que ele percebeu que quebram paradigmas.

Como por exemplo o “open concept”, que muitas empresas hoje já estão adotando, e que consiste no ambiente mais aberto e com mais luz natural, deixando a atmosfera do local menos claustrofóbica e fazendo com que as pessoas se sintam mais confortáveis.

Ele diz que de certa forma, até certo ponto isso pode ser verdade, mas que não devemos ter o espaço inteiramente open concept, pois as pessoas acabam ficando muito distraídas por conta dos barulhos e movimentações, e isso consequentemente atrapalha o rendimento e confunde trabalho com lazer.

Mas ele diz que pode haver um equilíbrio nisso, colocando algumas salas para que as pessoas possam também trabalhar isoladas e livre de distrações.

Ou quem sabe até levar headphones para o trabalho, para se isolar de alguma forma.

O autor também dá várias dicas de produtividade que podem potencialmente fazer com você tenha uma vida mais saudável, seja a vida pessoal ou a profissional.

Uma dica que ele dar de como fazer isso é ligando o “modo monge” de manhã. Que consiste em se isolar pela manhã e simplesmente não fazer nada relacionado à obrigações, como ler e-mails, ou responder mensagens d pessoas do trabalho.

Isso porque esse é o momento que devemos ter para fazer coisas que nos deixam bem e felizes.

O que o CEO quer que você saiba – Ran Charan

Pode se dizer que o intuito desse livro é mostrar que o CEO quer que todos os membros da sua empresa estejam interessados em absorver conhecimento que são importantes para a empresa como um todo e não somente para o departamento em que o aquele funcionário específico está.

O autor traz conceitos básicos de empreendedorismo como:

• Margem bruta
• Ebitda
• Pazo médio de rotação de estoque
• Velocidade de giro
• Roe

Isso porque, de acordo com a visão dele, essas são coisas que os seus funcionários precisam possuir um senso crítico para saber no negócio em questão, para conseguir contribuir para a empresa do ponto de vista estratégico.

Sabendo disso, eles vão poder fomentar suas opiniões, dizerem o que eles pensam a respeito das questões internas na empresa. E por isso todos devemos estar totalmente inteirados daquilo que o negócio vai precisar como um todo.

Ele defende que todos nós devemos ser CEOs dos nossos negócios, independente de termos esse título ou não. É basicamente isso que o autor prega no livro.

O livro é bastante fácil de ler, é curto e não tem uma linguagem inacessível. É possível ler tranquilamente em um fim de semana.

Gerenciamento pelas diretrizes – Vicente Falconi

Ele fala principalmente sobre PDCA, como planejar, executar, como criar metas para a sua empresa. E tudo isso do ponto de vista do gerenciamento de um nível um tanto quanto mais alto.

Embora possa assustar, aparentando o contrário, a linguagem desse livro é extremamente acessível, o que o torna bastante fácil de ler.

Ele contém diversos diagramas de gestão e é dividido em faixas, como nas lutas de artes marciais.

Então desde o início do livro, nós vemos técnicas, partes de gestão e ferramentas para faixa branca, faixa marrom, faixa preta… ele vai evoluindo de acordo com que o nível vai subindo.

Para quem não sabe, Vicente Falconi é um dos grandes nomes da gestão empresarial. Foi ele um dos grandes responsáveis por estruturar o sistema de gestão da AMBEV.

Ele é hoje um dos maiores nomes da gestão e consultoria empresarial em todo o Brasil e até fora dele.

Esse livro foi publicado no ano de 2013, e mostra o lado motivador, revolucionário e agressivo da GQT (gestão da qualidade total), voltado para a competição que engloba o melhoramento dos produtos e processos existentes e principalmente a inovação representada pelas novas tecnologia.

Paixão por vencer – Jack Welch

O ator, Jack Welch foi o CEO da General Eletric e foi o responsável por elevar o nível da empresa de uma forma inacreditável. Assumindo com um faturamento de 14 bilhões de dólares e deixando, em sua aposentadoria com faturamento de 400 bilhões de dólares.

Ele foi eleito pela revista Fox como o maior CEO do século XX, e traz nesse livro uma verdadeira obra prima de cultura organizacional.

Jack Welch faz aqui um compilado de toda a metodologia que ele usou para classificar os funcionários dentro de uma empresa.

E isso tudo vai muito além de apenas falar sobre visão, missão, valores e cultura. É também saber como lidar com uma pessoa frente a frente. Sabendo comemorar as pequenas vitórias de cada um, conseguir dar um feedback construtivo quando vê algo que pode ser melhorado.

Uma das coisas que ele mais fala no livro é sobre franqueza. Ele diz que em uma cultura onde a franqueza é implementada, as pessoas acabam conhecendo como modelo um ambiente onde todos estão sempre cientes das suas performances.

Com isso, se acontecer de alguém não estar performando bem, justamente graças aos feedbacks que essa pessoa foi recebendo ao longo do tempo, ela vai saber o momento de ir embora.

De acordo com essa metodologia de classificação dos funcionários, existe uma pirâmide, e nela estão no topo 20% que são os funcionários que merecem ser valorizados e receber promoções, graças ao seu desempenho.

Logo abaixo vem o meio, contando com 70%. Para essas pessoas do meio, devemos dar capacitação. Devemos capacitá-las para que elas se sintam mais próximas de alcançar o seu potencial. Dando também feedback de tudo de bom e ruim que elas fizerem.

E por fim, vem a base da pirâmide, com 10% dos funcionários. Esses 10%, por algum motivo, não rendem, não dão o melhor de si. Isso acontece por uma série de fatores. Essas pessoas devem ser sempre tratadas da melhor forma através da conversa, para chegarem a um bom resultado.

Caso a situação não melhore, graças à política da franqueza, ela vai saber quando for mandada embora, que isso pode até ser uma coisa boa.

Falando nisso, o livro mostra um passo a passo de como demitir.

E aí, qual desses livros é o ideal para você no momento?