Série Anne de Green Gables: Ordem dos Livros e Review

Se você chegou até aqui, com certeza é porque já conhece a ruivinha sonhadora, responsável por uma série de livros que inspirou uma série de TV, ou pelo menos já ouviu falar.

A sequência de oito livros sobre Anne Shirley tem fãs pelo mundo inteiro. Um número de fãs que só cresce com o tempo, principalmente após a popularização da protagonista através da série produzida pela Netflix, chamada “Anne With na E”.

Sua primeira publicação é datada de 1908, mas mesmo sendo uma obra tão antiga, a trama e os personagens (principalmente Anne) se mostram extremamente atuais, tornando a obra atemporal.

Para esclarecer melhor as coisas e ainda atiçar a sua curiosidade para ler estes livros maravilhosos, hoje o Café e Livros trará um review dos oito livros da autora Lucy Maud Montgomery na ordem correta de leitura.

Anne de Green Gables

EM OFERTA Anne de Green Gables
Anne de Green Gables
O primeiro livro da série traz a história de Anne, dos 11 aos 16 anos, vivendo descobertas e aventuras em Green Gables, Avonlea, com Marilla e Mathew.

O primeiro livro da série focada em Anne, conta a história da garota no tempo em que ela tem entre 11 e 16 anos de idade.

Mathew e Marilla Cuthbert são dois irmãos que vivem em uma fazenda chama Green Gables, em Avonlea, localizada na Ilha do Príncipe Eduardo, território que pertence ao Canadá.

Mathew e Marilla nunca se casaram e vivem juntos em Green Gables desde que nasceram. Os dois são a única companhia um do outro desde o falecimento de seu irmão mais velho e posteriormente de sua mãe.

Já em idades relativamente avançadas Mathew e Marilla resolvem adotar um garoto de 11 anos para ajudar nos trabalhos da fazenda. Ele deveria ter 11 anos, pois assim seria velho o suficiente para trabalhar e jovem o suficiente para ser educado de acordo com seus valores.

Entretanto, uma falha de comunicação acontece e em vez de um menino de 11 anos, Mathew encontra na estação de trem uma menina ruiva de rosto pintado de sardas. Esta menina era Anne.

Anne Shirley é uma garotinha de 11 anos, órfã, que perdeu os pais ainda bebê, por febre. Ela nunca soube o que era ter uma família, pois desde pequena ela passou de família em família, servindo como uma espécie de criada e babá das crianças menores.

Anne de Green Gables acompanha Anne dos 11 aos 16 anos em Avonlea.

Cheia de imaginação, com pensamentos à frente do seu tempo, dona de uma inteligência, coragem, força e astúcia, Anne parece ganhar o coração de Mathew logo de cara, com suas histórias e sua completa empolgação em finalmente ser filha de alguém.

Entretanto, após Mathew chegar na fazenda com Anne, Marilla não aceita bem o engano e resiste à adoção. Mas não demora muito para que Anne conquiste o coração dela também, que não devolve Anne por medo de como seria sua vida após ser devolvida.

Só que a adoção de Anne teria uma condição: a educação dela ficaria sob responsabilidade de Marilla e Mathew não poderia interferir. Mas é claro que isso acaba rendendo conflitos e até situações emocionantes e divertidas para nós leitores.

O livro então acompanha a trajetória de Anne tentando se encaixar na comunidade que a rejeita, indo à escola e fazendo amizades, como Daiana, sua melhor amiga, Jerry, Cole e Gilbert Blythe. Entre tantas outras aventuras e descobertas.

Vale muito a pena acompanhar o início da história e a evolução de tantos personagens que nos são apresentados. Cada um deles é influenciado por Anne de alguma forma, e a autora faz com que percebamos sutilmente as mudanças e evolução de cada um.

Anne de Avonlea

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Anne de Avonlea
No segundo livro da série, acompanharemos Anne vivendo em Green Gables, agora dos 16 aos 18 anos. Ao lado de Marilla, os gêmeos Davy e Dora e do Sr. Harrison, e como professora da escola de Avonlea.

Aqui no segundo volume da série sobre Anne, que a acompanha dos 16 aos 18 anos, seguindo os acontecimentos do livro passado, Anne e Marilla estão vivendo sozinhas na fazenda Green Gables.

Anne agora é a professora da escola de Avonlea. Com aquele jeito revolucionário que Anne sempre teve, ela decide que não vai usar a palmatória como método para educar seus alunos. Não só palmatória como nenhum outro castigo que envolva algum ato de violência.

Marilla e Anne têm um novo vizinho em Avonlea, o Sr. Harrison. Ele é apresentado inicialmente como um senhor de idade, solteiro, que lava louça apenas aos domingos e tem como companhia um pássaro de estimação.

Como nada na vida de Anne é tranquilo, logo no começo ela tem alguns desentendimentos com o Sr. Harrison, pois ela tem uma vaca que vive destruindo as plantações do tal novo vizinho.

Mas isso não dura muito, pois os dois acabam se tornando amigos. Anne inclusive cria o hábito de visitar o Sr. Harrison com frequência.

Nesse ponto da história, Anne e Gilbert já são grandes amigos, e aqui temos aquele clichê bem clássico de histórias de romance, onde Gilbert claramente tem interesse amoroso em Anne e apenas a própria não percebe isso.

Os jovens da cidade de Avonlea, como Gilbert, Anne, Daiana e muitos outros personagens já conhecidos, criam uma sociedade com o propósito de conseguir melhorias para a comunidade.

Anne de Avonlea acompanha Anne dos 16 aos 18 anos, sendo professora.

Sociedade esta que passa por certas dificuldades, principalmente com os moradores mais velhos, que relutam em aceitar ideias inovadoras.

Mais para frente na história, é contado que uma prima distante de Marilla veio a falecer, e agora os filhos gêmeos de seis anos dela, Davy e Dora ficarão aos cuidados de Anne e Marilla.

Davy vive aprontando, pregando peças e se metendo em confusões, enquanto Dora tem um temperamento calmo e tranquilo

Ao final do livro, Anne vai para a faculdade. Com um certo amadurecimento da personagem, ela começa a enxergar Guilbert como um possível pretendente, coisa que antes não via, por não achar que ele se encaixava nos seus ideais de pretendente perfeito.

Temos também nessa reta final, uma nova personagem com muito a acrescentar à trama, chamada Lavender. Além disso, temos também uma certa decisão de Daiana para sua vida, que faz Anne pensar que talvez a dinâmica da amizade possa mudar.

Assim como no primeiro livro, no segundo podemos esperar grandes aventuras e acontecimentos.

Anne da Ilha

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Anne da ilha
O terceiro livro da saga foca na fase acadêmica de Anne, dos 16 aos 23 anos. Agora ela vive na Nova Escócia e divide uma casa com Priscilla, Stella e Philippa.

O terceiro livro da saga que acompanha a trajetória de vida de Anne traz uma montanha russa de sentimentos para nós leitores ao longo da trama, graças às decisões que Anne toma ao longo da história.

Anne da Ilha é o terceiro livro da série e foca completamente na vida universitária de Anne, que agora faz parte do corpo discente da faculdade Redmond College, que fica localizada na Nova Escócia.

Alguns personagens já conhecidos também marcam presença e ingressam junto com Anne na faculdade, como Gilbert, Charlie, Priscilla e Stella. Aqui Anne tem entre 18 e 23 anos de idade.

As meninas têm seu primeiro gosto de liberdade quando alugam uma casa para morar durante o tempo de estudos. Lá elas têm uma governanta chamada de tia Jimsie.

Uma nova personagem nova entra na história como amiga das três meninas. O nome dela é Philippa, e ela passa a morar junto com Anne, Priscilla e Stella.

Philippa é uma jovem linda e rica, que têm consciência de sua beleza e seus privilégios, mas isso não a impede de ser extremamente indecisa e insegura, sendo a maior indecisão, escolher com qual dos dois pretendentes se casar.

Anne da Ilha acompanha a trajetória acadêmica de Anne.

Por falar em casamento, se prepare porque nesse terceiro livro teremos muitos pedidos de casamento. Mas não só isso! Também haverá desentendimentos, corações partidos e tragédias.

Avonlea fica um pouco em segundo plano e não aparece muito nessa terceira etapa da história, pois o livro fica bem mais na fase universitária de Anne na Nova Escócia e em tudo que acontecia por lá. Mas temos notícias quando Anne recebe cartas ou viaja nas férias.

Com tantos acontecimentos, um após o outro, esse livro acaba sendo um tanto mais dinâmico que os dois anteriores. Por isso, se você está ainda não chegou até aqui e está relutante em seguir, saiba que as emoções vividas aqui valem muito a pena.

Anne de Windy Poplars

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Anne de Windy Poplars
No quarto livro da série, Anne agora tem entre 23 e 25 anos, é diretora de um colégio de ensino médio e vive em uma casa na rua Windy Poplars, com duas viúvas, um gato e uma governanta. estas três mulheres a acolhe e esta amizade renderá boas histórias.

O quarto livro da série que conta a história de Anne se chama Anne de Windy Poplars, e segue a trajetória da nossa protagonista dos 23 aos 25 anos de idade.

O livro é dividido em períodos de três anos, e em cada início de ano ele nos dá uma sinalização para que nós leitores consigamos nos orientar e saber em que ponto da história estamos.

Esse período de três anos é justamente o tempo em que Anne vai passar distante de seu, agora noivo, Gilbert Blythe. Se você leu o livro anterior, já sabe que os dois ficaram noivos quase no fim do livro.

Nesse período de três anos, Gilbert está estudando medicina em uma outra cidade e Anne está trabalhando como diretora de uma escola de ensino médio chamada Summerside.

Anne sofre algumas dificuldades de aceitação no começo, principalmente por uma das famílias de alunos, bem poderosa e tradicional, que queria que o novo diretor da escola fosse um homem.

Mas o livro não se prende a isso e esse conflito logo é vencido por Anne.

O livro tem esse nome, pois Anne precisa de um lugar para morar, e encontra para isso a casa de umas viúvas com espaço disponível para ela. Essa casa fica localizada em uma rua chamada Windy Poplars (nome contido no livro).

Moram nesta casa, um gato chamado Dustin, a tia Chatty, tia Kate e Rebeca Dew. As duas primeiras citadas são as viúvas e Rebeca é uma espécie de governanta que nunca quis se casar e possui uma teoria engraçada sobre os homens.

Essas três mulheres acolhem Anne e se tornam uma espécie de amigas e conselheiras dela. Há vários momentos divertidos e envolventes entre as quatro, que vale muito a pena ler, pois é delicioso de acompanhar.

Em Anne de Windy Poplars, Anne agora é diretora de um colégio.

Em vários momentos o livro nos mostra diversas cartas que Anne envia para Gilbert, pois este é o único meio de comunicação entre os dois jovens noivos apaixonados, que no momento se encontram separados.

Entretanto é tudo sob a perspectiva de Anne, já que não temos acesso às cartas de Gilbert. Mas essa falta é compensada com o romantismo de Anne, nunca mostrado antes, que nos arranca suspiros.

Green Gables, assim como no livro anterior, aparece muito pouco. Desta vez apenas quando Anne passa férias curtas lá. Assim temos pouco conhecimento sobre os personagens que estão por lá.

O livro nos apresenta também as histórias dos novos personagens e assim como nos anteriores, nos mostra a evolução e as motivações. A autora consegue fazer uma boa construção de personagens e sempre nos faz entender as motivações de todos.

Isso faz com que, a pesar de focar mais na fase acadêmica de Anne e deixar Avonlea um pouco de lado, nós não sintamos monotonia na história. Muito pelo contrário, ele nos passa a sensação de que é um livro de transição na história da vida de Anne.

Anne e a Casa dos Sonhos

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Anne e a Casa dos Sonhos
No quinto livro da série, Anne agora está recém casada e vive em sua linda casa dos sonhos na cidade de Four Winds, onde Gilbert é o médico da região. A história se passa entre os 25 e 27 anos de Anne.

No quinto livro dessa série que acompanha a vida de Anne Shirley Cuthbert, a história vai dos 25 aos 27 anos de idade. O livro apresenta uma narrativa um pouco mais dinâmica que o livro anterior dessa saga.

Aqui, Anne e Guilbert vão morar no porto de Four Winds, logo após os dois se casarem. Uma cidadezinha litorânea e um pouco pacata e sem agitação, onde eles encontram sua casa dos sonhos, de frente para a praia, onde tem até um farol.

A história da casa encanta muito Anne, por carregar um passado cheio de histórias de casais recém casados e felizes, noivas bonitas e vidas felizes, o que é um prato cheio para a imaginação fértil de Anne que decide descobrir quem foram as mulheres que viveram ali.

Nesse clima de muito amor e lua de mel entre o nosso tão amado casal, surgem novos personagens encantadores que nos cativam, cheios de personalidade e com histórias envolventes e extremamente interessantes, como o Capitão Jim.

Na cidade de Four Winds, Gilbert se torna o médico da região, então a presença dele nessa “casinha dos sonhos” não é muito constante, mas ainda assim ele se faz muito presente, então não sentimos tanto a sua falta na narrativa.

Aqui no quinto livro, diferente dos dois anteriores, Green Gables, assim como Avonlea, não ficaram esquecidos. Em Anne e a Casa dos Sonhos, temos visitas dos personagens que vivem em Avonlea e vão ao encontro de Anne e Gilbert.

Anne e a Casa dos Sonhos acompanha Anne começando uma vida nova de casada.

Há também uma breve recapitulação no livro, para que nós leitores nos situemos quanto a como estão os personagens que ainda vivem em Avonlea e como vão as coisas por lá.

Em determinado ponto do livro, um fato triste acontece e a história toma um rumo diferente e as coisas começam a ter ainda mais emoção e entra em um ritmo mais dinâmico.

Para quem gosta de plot twist em livros ou qualquer outro meio de contar histórias, esse livro é um prato cheio, pois acontece um atrás do outro, e o leitor não tem tempo de achar a história monótona ou parada. Muitas emoções cercam Anne e a Casa dos Sonhos.

Anne de Ingleside

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Anne de Ingleside
No sexto livro da série, Anne tem de 34 a 40 anos de idade. Ela está casada há 15 anos, é mãe de 6 crianças e vive agora em outra cidade.

O sexto volume da saga de Anne Shirley Blythe é o maior de todos em questão de páginas. Ele acompanha a vida da protagonista Anne desde os 34 até os 40 anos, e nele nos conhecemos uma nova versão da protagonista.

Aqui temos um avanço no tempo desde o livro anterior, Anne e a Casa dos Sonhos.

Anne agora já está bem mais madura, é mãe de 6 filhos, está casada com Gilbert há 15 anos. E ela agora é mostrada lidando com seus primeiros sinais de envelhecimento.

Então teremos momentos em que o livro mostrará Anne indo de frente para o espelho, começando a refletir sobre os anos que se passaram, enxerga novas marcas em seu rosto e reflete sobre as mudanças não só em sua vida, mas também em sua aparência.

Isso se intensifica ainda mais com comentários inconvenientes de pessoas que insistem em lhe dizer o quanto ela mudou e o quanto ela envelheceu.

Esse é um tema que incomoda muito Anne, mas é um tema que está presente durante todo o livro.

Fora isso, a família de Anne é apresentada muito bem, muito bem adaptada ao novo lar, com a nova vizinhança, ainda que a Casa dos Sonhos, primeiro lar do casal, ainda tenha um lugar especial guardado em seus corações. Até dos filhos, que nem a conheceram.

Há várias menções e aos anos felizes que Anne e Gilbert viveram lá.

Um ponto interessante a ressaltar, é que nesse livro, Anne não é mais o centro da história. Ela continua como protagonista, mas divide esse protagonismo com os seus filhos.

Mas essa divisão é muito bem feita e acontece com o livro apresentando todos eles de maneira bastante gradativa.

Em Anne de Ingleside, Anne agora está casada há 15 anos e é mãe de 6 filhos.

Portanto, teremos às vezes uns três capítulos ficando em um dos filhos, depois vemos um pouco de Anne, então temos mais três capítulos sobre outro filho dela, e assim segue a história.

Essa foi uma maneira muito interessante e inteligente que autora encontrou para introduzir naturalmente esses novos protagonistas na narrativa.

As crianças passam por situações cotidianas comuns de criança, como conflitos com amigos, problemas na escola, pequenas conquistas medos algumas vezes bobos.

E isso nos permite conhecer um pouco mais de Anne, agora como mãe e como ela lida com certas questões envolvendo maternidade.

Mas Anne não está sozinha nos cuidados com as crianças, pois além de ter o pai, Gilbert, nós conhecemos nesse livro uma nova personagem. Suzan a governanta da casa é muito querida pelos filhos de Anne.

A leitura desse livro que mostra uma nova etapa completamente diferente na vida de Anne, é muito agradável e envolvente, pois temos contato com a leveza e a inocência das crianças e temos a chance de enxergar as coisas sob suas perspectivas.

Um outro ponto muito interessante é como a autora assume um tom um pouco mais sério e maduro ao tratar de questões do relacionamento entre Anne e Gilbert, agora casados há 15 anos, e como o tempo afeta e muda a dinâmica do casamento dos dois.

A pesar de estranho no início, é muito interessante a forma como o protagonismo do livro é dividido e temos a chance de conhecer os filhos de Anne e Gilbert.

Vale do Arco-íris

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Vale do Arco-Íris
No sétimo livro, Anne agora é uma coadjuvante. Os verdadeiros protagonistas são seus filhos e as crianças filhas do pastor John Meredith, que vivem aventuras e se reúnem em seu lugar secreto: o Vale do Arco-Íris.

Esse sétimo livro que acompanha a trajetória de vida de Anne Shirley se chama Vale do arco-íris, e nele nós teremos mais sobre a família de Anne como um todo, principalmente de seus filhos.

Mas se engana quem acha que nesse sétimo livro, eles vão dominar completamente a cena!

Nesse livro, a autora introduz um novo grupo de personagens, os membros da família Meredith e nos surpreende fazendo deles os verdadeiros protagonistas desse sétimo livro da saga que inspirou “Anne With na E”.

Para quem não sabe dessa informação antes de começar a leitura de Vale do Arco-Íris, isso acaba sendo um choque e tanto, já que estávamos acostumados a ver tudo e todos girando em torno de Anne e sua família.

A família Meredith é composta por John Meredith, seus filhos Carl, Jeremy, Faith e Una, e Martha. Além de um galo de estimação.

John se muda para Ingleside após se tornar o novo pastor da igreja presbiteriana, a qual os personagens que nós já conhecemos, frequenta.

Ele é um pai viúvo, e Martha é irmã de sua esposa falecida. Ela tem na família o papel de auxiliar na criação destas quatro crianças que ficaram órfãs de mãe tão cedo.

Em Vale do Arco-Íris os protagonistas são os filhos de Anne e as crianças Meredith.

As quatro crianças filhas de John Meredith, logo fazem amizade com as crianças Blythe, filhas de Anne e Gilbert, e com isso formam uma espécie de grupinho.

Com isso, eles sempre se reúnem para brincar e conversar no Vale do Arco-Íris. Local este que dá nome ao sétimo livro.

O problema é que as crianças da família Meredith estão sempre se metendo em várias confusões, e como eles são filhos do pastor, as pessoas que moram na vila estão o tempo todo de olho neles, observando sempre o que eles estão fazendo.

Isso acaba gerando diversos comentários a respeito das quatro crianças, e por vezes condenam certas atitudes e comportamentos dos filhos do pastor John Meredith, por acreditarem não ser um comportamento digno de filhos de um pastor, mesmo se tratando apenas crianças.

As pessoas da vila se mostram incomodadas e até inconformadas também com a postura do pastor John Meredith em relação ao comportamento dos filhos.

Isso porque eles aprontam e se metem em confusões, e enquanto isso o pai não toma parte e nem assume uma postura quanto a isso. Na verdade, ele não chega nem mesmo a tomar conhecimento do que se passa com as crianças, a menos que seja algo grave.

Isso acontece porque após a morte de sua esposa, o pastor Meredith foi tomado por um estado permanente de apatia. Por vezes é dado como distraído e até displicente, tendo cabeça apenas para os livros e para seu trabalho como pastor.

A grande maioria do livro é escrita através da ótica das crianças, mas há capítulos em os adultos assumem, para quem o leitor consiga compreender a história de forma mais ampla.

A leitura é leve e divertida. As coisas acontecem de uma forma tão natural que o livro parece acabar em um piscar de olhos.

Rilla de Ingleside

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Rilla de Ingleside
O oitavo e último livro da série foca na filha mais nova de Anne: a jovem Rilla. Assumindo uma narrativa diferente dos demais, a autora consegue fechar muito bem a história e por fim em uma linda saga.

Chegamos ao fim da saga, com o oitavo livro: Rilla de Ingleside. Nele o foco da históra é Rilla, filha mais nova do casal Anne e Gilbert. Ela tem 14 anos quando o livro inicia, e ela está anciosa para ir ao seu primeiro baile.

Nesse baile, ela encontra Kennedy, filho de uma antiga amiga de Anne, já mencionada desde “Anne e a Casa dos Sonhos”, e Kennedy se apaixona por Rilla.

Entretanto, justamente nessa noite tão importante para Rilla, onde tudo estava saindo melhor do que planejado e ela se divertia muito, é declarada a Primeira Guerra Mundial.

Esse fato, além de arruinar e acabar completamente o baile onde Rilla está, traz consequências muito sérias na vida da jovem garota. Todas essas coisas que acontecem fazem com que Rilla amadureça muito em pouquíssimos meses.

Ela vai de uma garota ingênua e irresponsável para uma jovem madura e muito responsável, além de lidar com os horrores que uma guerra tem o poder de trazer para a vida de alguém, ainda mais tão jovem.

Seu irmão mais velho e seu amigo próximo são enviados para lutar na guerra, além de tantas outras pessoas que ela conhece, e sofre muito por isso.

Todos vivem na esperança de que tudo vai passar rápido e vai ficar tudo bem, mas infelizmente se arrasta por um longo tempo e fica cada vez pior.

E o livro aborda isso do ponto de vista de Rilla que sofre vendo pessoas queridas indo lutar e outras sofrendo ao seu redor, sem poder fazer nada para mudar, sendo se juntar à cruz vermelha, o único jeito que ela encontra de ajudar.

Rilla de Ingleside foca na filha mais nova de Anne Rilla.

Em determinado momento, trabalhando na cruz vermelha, Rilla adota um bebê cujo os pais morreram pela guerra. Esse bebê é apelidado pelos moradores da vila de “bebê filho da guerra de Rilla”.

Rilla se torna então, uma mãe de um bebê com apenas 15 anos e se mostra extremamente madura e responsável.

A narrativa desse livro assume um tom diferente dos demais da série. Em parte, por assumir um tom muito mais sério que os anteriores, e em outra por ser contado através da autora, intercalado com a narração de Rilla, por meio de seu diário.

Kennedy e Rilla começam um romance, no entanto ele está lutando na guerra e Rilla fica esperando-o voltar. Os dois se comunicam por meio de cartas e assim atualizam um ao outro sobre os acontecimentos.

O livro vai de 1914 à 1918, e a autora soube trazer temas sérios e delicados para a narrativa de uma maneira muito sensível e inteligente.

Ele encerra a jornada da família de Anne e Gilbert muito bem e consegue fechar essa história sem deixar pontas soltas e ainda nos emocionar com o final.

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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