Os 5 Melhores Livros de Realezas Modernas Para Se Encantar
Ainda nos dias de hoje, com cada vez menos monarquias de verdade, reis, rainhas e príncipes, histórias com essa temática continua nos fascinando e nos causando curiosidade, já que desperta em nós a mesma sensação de quando éramos crianças e ouvíamos histórias de contos de fadas.
Mesmo se passando em contextos atuais e reais ou em futuros distópicos, histórias envolvendo realezas são um prato cheio para as mentes criativas e sonhadoras.
Saindo um pouco de clássicos como Romeu e Julieta e os próprios contos de fadas como Cinderella e A Bela Adormecida, ultimamente os autores têm trazido os contextos de histórias e romances de realeza para contextos mais contemporâneos.
E é sempre bom, para os fãs desse estilo de leitura, conhecer e diversificar o leque de opções na hora de escolher o próximo livro.
Pensando nisso, nós aqui do Café e Livros, trouxemos hoje para você uma lista dos 5 melhores livros com temáticas envolvendo realizas.
Conteúdo:
ToggleA Seleção – Kiera Cass
Vamos começar falando sobre uma saga muito famosa, que já tem até adaptação prometida pelo serviço de streaming, Netflix.
O universo de “A Seleção” se passa em um mundo despótico onde não existe mais os Estados Unidos da América, muito menos os demais países do continente norte-americano, como Canadá e México.
Ali, após a Quarta Guerra Mundial, agora existe um único país chamado Illéa. Um país que não segue um sistema político democrático, e sim uma monarquia, rei, rainha e príncipe.
E já é assim há tanto tempo, que a população não tem conhecimento de como eram as coisas antes.
Nele nós conhecemos a nossa protagonista: América Singer.
Mas antes de falar sobre a trajetória de América, vamos contextualizar você a respeito do que é ela vai se meter.
Para começar, é importante falar sobre a desigualdade social que existe em Illéa.
Nesse país, as classes sociais são divididas em castas que vão de 1, que é a realeza, até a 8. Quanto mais baixa a casta, mais pobres são as pessoas pertencentes a ela.
E cada uma delas tem “funções”. Uma pessoa da casta 8 jamais poderá ter um trabalho em que a proporcione um alto salário, por exemplo.
Sendo assim, é claro que casamentos giram em torno disso. As famílias geralmente não aceitam casamentos com pessoas de castas mais baixas.
América pertence à classe 5, a casta dos artistas. Ela é uma musicista muito talentosa e trabalha com sua família fazendo shows.
Mas do que se trata essa história?
Dentro da família real, sempre que o príncipe ache a uma idade em que é necessário que ele se case, são selecionadas 35 garotas solteiras de todas as castas, para participar de um tipo de competição pela mão do príncipe, que nesse caso é o príncipe Maxon.
Inclusive foi assim que aconteceu o casamento dos pais de Maxon: o rei e a rainha.
Graças ao um evento, ao qual não será citado aqui para evitar spoiler, América se inscreve nessa competição, porém sem pretensão nenhuma de ser selecionada.
Mas se ela não fosse, a história do livro acabaria aqui, não é mesmo? Então América foi.
Após ela ser selecionada, América e as outras 34 garotas partem para essa competição, que é totalmente televisionada e com alta cobertura da mídia, como se fosse uma espécie de reality show.
Muitas coisas acontecem ao longo dessa jornada. Tramas cheias de mistérios, como a formação desse país, os segredos que o castelo esconde e o porquê de haver livros secretos, assim como os dois grupos rebeldes que ameaçam a segurança do castelo.
O clima de romance e a expectativa, por diversas vezes, toma conta do livro. As provas e algumas rivalidades criadas entre algumas das selecionadas também ganham destaques aqui.
Sem contar o triângulo amoroso que rouba a cena da narrativa em determinados momentos, a final América deixa uma pessoa fora do castelo, fora de tudo isso. Aspen.
O livro, a pesar de ser um verdadeiro clichê romântico com todos os elementos que nós adoramos, cheios de encontros e desencontros e reviravoltas surpreendentes tem uma atmosfera que beira o mistério, fazendo com que devoremos o livro em muito pouco tem sem perceber.
Além de contar com mais 5 livros que compõe a maravilhosa e cativante saga escrita por Kiera Cass.
O Diário da Princesa – Meg Cabot
Vamos agora com mais um primeiro livro de uma saga. Dessa vez um best seller que deu origem a um dos filmes de maiores sucessos da Disney.
Nele, nós vamos conhecer a protagonista Mia Thermopolis, uma garota de 15 anos comum, que estuda em uma escola comum e tem uma vida comum, que tem a sua vida completamente virada de cabeça para baixo da noite para o dia.
O livro começa com Mia recebendo um diário de presente, dado pela sua mãe. A história é contada em primeira pessoa através do que a protagonista, Mia, escreve em seu diário.
A mãe de Mia lhe deu esse diário, pois ela achava que sua filha não conseguia se abrir direito, muito menos expressar suas emoções verbalmente, sendo assim, o diário iria ajudar muito com isso.
Dizer que Mia é uma adolescente bem comum não é nenhum exagero, pois ela não se destaca em nada, nem por sua inteligência, ou por beleza, muito menos por sua popularidade na escola.
Digamos que durante toda a sua vida, ela foi o retrato de uma garota mediana.
O livro já se inicia com ela fazendo um grande drama em suas anotações sobre a coisa que ela julga a pior coisa que sua mãe poderia fazer: namorar o seu professor de álgebra. Matéria essa a qual ela vinha indo muito mal.
Isso é importante, pois já introduz ao leitor como ela é uma adolescente ainda muito imatura, o que é normal para a sua idade.
Como se trata de uma narrativa que gira em torno da escrita de um diário, várias situações do dia a dia de Mia são contadas nele, como o bullying que ela sofre de uma garota de sua turma sem mais nem menos.
Mia vive apenas com sua mãe já que o seu pai é distante, pois vive viajando à trabalho, mas não é dito, e nem ela parece saber muito bem, que trabalho é esse.
Até que em determinado momento, Mia descobre que o trabalho de seu pai não é apenas uma espécie de diplomacia, onde ele precisa viajar muito para trabalhar em nome de outras pessoas, é muito mais que isso: o seu pai é nada menos que um príncipe!
Sim, o pai de Mia é o príncipe de uma nação chamada Genóvia, o que faz dela também uma princesa de Genóvia.
Graças a um câncer que seu pai teve, Mia, ou Amélia Mignonette Grimaldi Theormopolis Renaldo, é agora a sua única herdeira direta do trono de Genóvia.
É ou não é uma baita mudança na vida de uma simples adolescente de 15 anos?
Entretanto, por mais lúdico e fascinante que isso possa parecer, Mia não quer de jeito nenhum ocupar o trono de Genóvia, pois para ela, isso não é um privilégio, e sim um castigo.
Mas graças a uma chantagenzinha de seu pai, Mia acaba aceitando embarcar nessa.
Com isso, ela começa uma jornada de “aulas de princesa” com a sua avó, Mary, onde ela fica encarregada de aprender vários deveres e detalhes do que é ser uma princesa, e a partir daí as aventuras começam.
Vermelho, Branco e Sangue Azul – Casey McQuiston
Seguindo a linha de histórias envolvendo realezas em tempos atuais ou futuristas, temos aqui o livro “Vermelho, Branco e Azul Sangue”, escrito pela autora Casey McQuinsto, onde ela conta a história do filho da primeira presidente dos EUA e de um príncipe da Inglaterra.
Quem narra o livro é Alex: um jovem muito bonito, de pele morena, com descendência latina e irmão de June. E ambos são filhos da presidente.
Alex, sua irmã e sua melhor amiga, são um trio inseparável. E por se tratar de um trio onde dois deles são filhos de ninguém menos que a presidente dos Estados Unidos da América, é óbvio que a mídia vive em cima deles, querendo saber onde vão o que vestem, etc.
Ele é um jovem inegavelmente famoso, sendo assim, é natural que todos queiram saber com quem ele namora, onde vai e o que faz.
Seu maior sonho é seguir a carreira política e posteriormente se tornar presidente dos EUA, assim como sua mãe.
Do outro lado nós temos o Henry: príncipe da Inglaterra e terceiro na linha de sucessão ao trono britânico.
Alex e Henry têm uma rixa entre si. Em uma linguagem bem popular, os dois não se bicam.
A trama do livro começa quando a presidente e seus filhos, Alex e June, vão prestigiar o casamento real do irmão mais velho do príncipe Henry.
Até então tudo corre muito bem, e continuaria assim se os dois protagonistas do livro não começassem uma briga em público que posteriormente repercute em todos os jornais e páginas de fofocas.
Como se todo esse vexame já não fosse o bastante para causar um caos, essa confusão causou uma tensão diplomática entre os EUA e todo o reino britânico.
É aí que as assessorias, tanto de uma família quanto de outra, armam um plano para que as imagens dos dois fossem restauradas: os dois deveriam fingir ser amigos, e para isso ser convincente, eles precisariam passar tempo juntos.
E é nesse tempo que eles são obrigados a passarem juntos, para que a mídia os flagrasse com frequência e o público aceitar essa mentira, que eles descobrem e conhece a verdadeira personalidade um do outro.
Com isso, o livro segue esse desenrolar essa relação dos dois e introduzir ao leitor esse romance que começa a surgir aos poucos entre os dois.
O livro aborda a temática LGBTQIAP+ de uma forma muito natural e orgânica, sem precisar de cenas polêmicas e forçadas para chocar o leitor para chamar a tenção.
Ao ler o livro, nos sentimos lendo uma história clichê de inimigos que se apaixonam, como qualquer outro, com o diferencial de que nele, Alex está descobrindo os seus próprios sentimentos, pois nunca se relacionou com alguém do mesmo sexo antes.
Outro conflito no livro é o fato de que, por ser ano eleitoral, a mãe de Alex precisa lidar com sua campanha de reeleição tendo contra si o preconceito por ser uma mãe divorciada e os julgamentos pela orientação sexual de seu filho.
Realeza Americana – Katherine McGee
Pegue tudo o que há de bom nos livros de “A Seleção”, tudo que há de bom no livro “Vermelho, Branco e Sangue Azul” e uma pitada do glamour e dos conflitos do mundialmente famoso Gossip Girl, misture e terá como resultado “Realeza America”.
O primeiro livro de mais uma série que, a pesar de recente, já é aclamado entre o público jovem, aborda uma monarquia, como se ela fosse nos dias atuais, mais precisamente nos EUA.
Essa serie consegue explorar muito bem as dinâmicas da cultura da realeza, com as normas na monarquia, normas de etiqueta, as regras sociais e como a vida pessoa fica inteiramente de lado quando você é obrigado a tomar uma posição na monarquia.
Na série, os protagonistas estão na casa dos 20 anos, então se prepare para uma trama jovem, cheia de conflitos jovens (mas não adolescentes) e cheia de energia.
Sendo assim, é natural que eles estejam na fase de dar um rumo em suas vidas, pensando em faculdade e decisões que vão nortear o caminho de suas vidas.
Além de estarem na fase dos romances, que a pesar de serem mais sérios do que na adolescência, ainda são cheios de emoções.
Um ponto muito interessante na narrativa e que nos pega de surpresa, já que não é algo comum, é que o livro “Realeza Americana” possui nada menos que 4 narradores e os capítulos vão intercalando entre eles 4.
A primeira que vamos citar é a Beatrice, que é a mais velha, com 21 anos e sucessora do trono dos EUA. Isso mesmo, aqui nesse livro, os EUA é uma monarquia.
Temos também a Smantha, irmã mais nova de Beatrice e gêmea de Jefferson, que desempenham um papel muito importante na história, mas apenas Samantha narra, e não ele.
Uma outra narradora é a Nina, uma plebeia melhor amiga de Samantha, e que tem uma certa queda por Jefferson.
E por último, temos Saphne: colocada como anti-heroína da história, ex do príncipe Jefferson, com quem não teve um término tranquilo e se propõe a far de tudo para reconquistar o coração do rapaz.
Bom, agora que as 4 narradoras já foram introduzidas, vamos ao que interessa.
Após uma espécie de revolução, uma monarquia foi instituída, não só nos EUA, mas em várias outras regiões do mundo.
Sendo assim, todas aquelas coisas de contos de fadas, como os belos vestidos, os bailes e príncipes, se tornam novamente uma realidade, com o diferencial de que tudo isso tem agora uma pegada bem mais moderna, trazida para o mundo atual.
Os clichês contidos aqui são um deleite para os fãs de boas comédias românticas dos cinemas.
Para resumir o plot do livro sem lhe dar nenhum spoiler, como já fopi dito, uma das narradoras, Beatrice, é a próxima na linha de sucessão ao trono dos EUA, ou seja, ela será a próxima rainha dos EUA.
Acontece que devido a uma notícia dada pelo seu pai, esse seu processo de preparação para se tornar rainha precisa ser acelerado imediatamente.
Como Sobreviver à realeza – Rachel Hawkins
Agora vamos para mais uma história onde a vida de uma jovem é virada de cabeça para baixo, mas não se engane, essa aqui é bem diferente de quase tudo que você já viu.
Daisy Winters é uma jovem excepcionalmente comum que trabalha em uma loja de conveniência na Flórida, EUA.
Entretanto, algo diferencia Daisy das outras garitas: sua irmã mais velha simplesmente está noiva e irá se casar com o herdeiro do trono da Escócia.
Essa irmã de Daisy irá entrar para a realeza escocesa e consequentemente levará toda a sua família consigo, já que a partir do momento que ela decide se casar com o príncipe, ela se tornará duquesa e sua família também será envolvida em tudo isso.
Mas o livro não se trata da noiva, e sim da irmã da noive, Daisy, que será arrastada para toda essa situação contra a sua própria vontade, pois ela não queria estar nisso. Mas ela não tem como evitar.
O livro nos traz uma leitura extremamente leve, fofa e romântica, que nos da a sensação de estar vivendo um filme de sessão da tarde. Ele é escrito de uma forma tão fluida e dinâmica, que o leitor parece realmente estar lendo o roteiro de um filme de comédia romântica.
A narrativa é tão leve que chega a beirar uma coisa mais lúdica.
Todos os cenários que são descritos parecem sair de um conto de fadas, os diálogos são bem escritos e os conflitos, além de bem construídos, têm desfechos com umas saídas bem criativas.
Para quem aprecia uma leitura leve entre um livro mais pesado e outro, “Como Sobreviver à realeza” é uma ótima opção, pois a escrita da autora Rachel Hawkins chega a ser bem relaxante, sendo uma excelente opção para estar em sua mesa de cabeceira.
Um outro ponto a ser ressaltado é que o fato de ser um livro young adult não tira dele o mérito de ser um livro com uma narrativa que pode agradar pessoas mais maduras.
A final, é um livro bem escrito que consegue segurar a atenção do leitor sem fazer grandes mistérios forçados que sabemos que estão ali apenas para não perder a atenção do leitor.
A forma como a autora constrói e retrata a protagonista é muito interessante e muito bem escrita.
Isso pois mesmo se tratando de uma jovem adolescente de 16 anos, muito carismática e engraçada, mas que ao mesmo tempo que lida com questões da própria idade, consegue ser bem madura e transitar por grupos de idades mais avançadas que a sua.
Ela é inteligente, sarcástica, forte, decidida e defende suas próprias ideias, além de ter respostas rápidas e não se render facilmente às regras da realeza escocesa que tentam impor a ela.
Isso faz com que ela incomode um pouco, pois acaba sendo tudo o que não esperam da irmã da noiva do príncipe e futuro rei da Escócia.
A autora também dá espaço para os outros personagens secundários brilharem, sendo assim, a história não fica ficada apenas na protagonista, nos dando a oportunidade de conhecermos bem melhor seus pais, seu futuro cunhado, o irmão do príncipe, entre outros.
E aí, alguma dessas monarquias te encantou?
Vanessa Oliveira é uma baiana graduanda em letras com inglês pela UNEB. Tem paixão pelas áreas do audiovisual, música e literatura. Seu interesse em livros começou na adolescência com livros sobre fantasia e aventura, que abriram as portas para o vasto universo literário.