O Pior Livro que eu Já Li: Evite a todo custo!

Li o livro “Sexteen” da autora Luiza Araújo e concluí horrorizada com tantas falhas e falta de criatividade. Fiz esse artigo para te explicar o porquê você não deve investir seu tempo e dinheiro nesse exemplar. Confira abaixo.

Sexteen, apesar de ter o título escrito em inglês, é um livro nacional ao qual dediquei meu tempo para ler. E ao final, me arrependi muito.

De fato, na nossa jornada como leitores iremos encontrar exemplares que não nos agradam e outros que se tornam nossos preferidos. E, gostar ou não de um livro varia conforme seu gosto literário e a sua visão de mundo.

Alguns outros exemplares não me agradaram, mas, esse foi o pior que já li.

Vou te explicar melhor o porquê Sexteen é mal construído e não vale a pena ler.

Nome do Livro:	Sixteen o Amor Através dos Tempos
Editora:	Labrador
Ano de lançamento:	2018
Quantidade de páginas:	144

Sinopse do Livro

O livro retrata a história de dois reinos rivais de deuses onde o objetivo principal era casar seus filhos e manter a linhagem real em cada local separadamente.

O problema surge quando indivíduos de reinos separados se apaixonam, mas, não a união não é permitida. Os pais dos jovens já têm seus pretendentes e futuros maridos e, esposas escolhidas e pretendem consumar a relação.

São, na verdade, dezesseis pessoas que se apaixonaram sendo de reinos diferentes. Por isso o título, que em tradução literal é “dezesseis”.

Todos decidem fugir para que seus pais não proíbam o casamento com as pessoas que eles gostam, já que se permanecessem no reino, teriam que casar com quem os reis e rainhas decidissem.

No início da fuga eles se perdem, mesmo sendo deuses, essa parte é bastante confusa, mas, não a mais confusa. (risos).

Os pais, mesmo sendo deuses com poderes sobrenaturais e ocupando a posição de divindades, precisam entrar em contato com a polícia local para que seus filhos sejam encontrados. Deuses fracos.

Detalhe: é um reino onde ocorrem guerras, mas, há polícia, e não guarda real ou algo do tipo.

Os personagens principais que fugiram anteriormente decidem enviar um vídeo para os seus pais avisando que estão bem e que fugiram propositalmente, mas, não temos informações sobre como foi feita essa gravação e até então, não sabia que existia tecnologia moderna no reino.

A história se segue com a trajetória dos fugitivos até que voltam para casa e se reencontram com seus pais. E adivinha? Vivem felizes para sempre.

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O que posso apontar de positivo

A parte editorial fez bem o seu trabalho, entretanto, não tem como salvar uma história ruim que parece ter sido lançada sem revisão.

Outro ponto positivo foi a organização de lançamento. O livro tem audiobook, mas também é horrível.

Porque não gostei do livro

Separei os pontos principais – e são muitos – do motivo pelo qual o livro não me agradou.

História mal contextualizada

A história é muito mal contextualizada, em diversos momentos me peguei confusa e sem entender de onde surgiu determinada situação ou personagem. É difícil entender algumas partes da história.

Não é apresentada a idade dos personagens ou características suficientes sobre o reino e seus moradores para fazerem os leitores se imaginarem na história. O enredo é mal desenvolvido e parece ter sido escrito rapidamente sem revisão alguma.

A história, na verdade, é sem vida e sem brilho algum. Não me senti envolvida ou cativada em momento algum. Também não me identifiquei com nenhum personagem e não tive momentos ou personagens favoritos.

Personagens sem personalidade individual

Todos os personagens parecem os mesmos! Isso mesmo que você leu. Nenhum tem característica própria, evolução no decorrer da história ou personalidade forte e marcante.

Em uma cena em que os personagens principais estão em uma pousada, todos eles falam absolutamente a mesma coisa – com palavras diferentes – sobre a acomodação e a comida.

E detalhe: a opinião de cada um é descrita separadamente. Realmente não entendi o porquê.

Os personagens são bem clichês e, pensando bem, a ideia poderia ter gerado uma história incrível, entretanto, a falta de criatividade e desenvolvimento prejudicou muito o livro.

A história é muito repetitiva e acontece praticamente a mesma coisa em muitas páginas seguidas.

Contradições a todo tempo

Se você pretende ler esse livro para constatar minha opinião sobre a história saiba de uma coisa: não se apegue a informação alguma.

Um exemplo é o início do conto, onde recebemos a informação de que os pais são favoráveis ao casamento arranjado e esse é o objetivo principal deles na criação dos filhos.

Entretanto, ao saber que os filhos fugiram para se casar com quem escolheram – através do vídeo que ninguém sabe de onde veio – eles se sentem orgulhosos e felizes com a atitude dos jovens.

Diversos outros acontecimentos surgem assim, em total contradição ao que nos foi dito anteriormente e ficamos sem entender o contexto e a personalidade de cada indivíduo apresentado.

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Incentivo único à vida cristã

Essa é uma opinião bem particular minha. E tudo bem existirem livros que incentivem o casamento e a concepção de filhos (ideia a qual eu sou favorável).

Entretanto, não me foi dito que eu estava prestes a ler um livro cristão ou de valores cristãos e esse é o problema.

Livros com temáticas assim devem ser previamente anunciados, pois, as pessoas que lerão precisam entender em que tipo de história estão mergulhando.

Sou a favor da liberdade e totalmente contrária a investir dinheiro e tempo em um livro acreditando ser uma coisa e descobrir ser outra totalmente diferente.

Essa é uma das piores sensações para um leitor, após ver seu livro preferido adaptado em filmes que mostram informações distintas do enredo original.

Personagens secundários com as mesmas características

Assim como os personagens principais, os personagens secundários parecem os mesmos. Isso porque não apresentam características distintas.

As donas das pousadas por onde os personagens principais passam são sempre idosas simpáticas que adotam sempre o mesmo comportamento.

Uma situação ou outra difere os momentos em que os jovens estão, como a realização de festas de aniversários, etc. Mas, em geral, eu estava lendo a mesma coisa em várias páginas diferentes.

Senti falta de um diálogo bem construídos, de momentos de reflexão e, principalmente, de um ou mais personagens por quem eu pudesse me apegar e torcer para se dar bem no final.

O livro é machista

Essa característica é meio obvia, os afazeres domésticos e de organização de festas estão sempre como responsabilidade das meninas. Que inclusive, não sei que idade tinham.

Como eu já expliquei anteriormente, ninguém apresenta uma personalidade marcante e, por isso, não lembro de nenhum personagem se sobressaindo ou indo ao contrário da maré que me derrubou ao ler esse livro.

Não há problemas, todos os momentos são felizes, é uma história que se distancia muito da realidade e não fez sentido algum para mim. O enredo não tem clímax bem delimitado.

Muitas dos eventos já vi em outros livros, filmes e séries, mas, incluindo outros elementos que fazem da história algo interessante de ler ou assistir.

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Falta de introdução aos acontecimentos

Como eu não quero que você leia esse livro e esse artigo é uma tentativa de poupar o seu tempo, vou te dar um spoiler: as jovens engravidam juntas e dão à luz às suas filhas – todas meninas – juntas também. Mágico.

Apesar de não ter me surpreendido com o acontecimento, o que me chocou foi a falta de introdução a esse momento, foi como assistir Esquadrão Suicida 1, estava no início, piquei, estava no fim.

Outra informação que não me foi dada é a idade das meninas, pois, ao ser apresentada ao casamento arranjado e uma sociedade formada em reinos, minha dedução é que seriam jovens adolescentes, assim como retratados nos livros medievais e assim como realmente acontecia na realidade.

Personagens somem sem explicação

Os filhos desaparecem e não são mencionados em diversos momentos.

Vocês lembram de que os jovens fugiram de casa em 8 pares e sem ajuda de adultos, não é mesmo?

Quem cuidaria dos bebês recém-nascidos se todos estavam constantemente saindo para passear na vila ou floresta? Não é falado.

A sensação que tive é que esse livro foi escrito para crianças do pré-escolar. Sem contexto, capítulos curtos e repetitivos e, sem muita complicação.

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Espero que você não tenha investido seu tempo lendo esse livro, mas, se leu e gostou, me conta nos comentários o que te agradou na leitura.